sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Trechos do artigo "The Next Generation PMO Mandate"

No 14º Congresso de Gerenciamento de Projetos do PMI-RS, ocorrido em Outubro, um ou dois palestrantes mencionaram em suas apresentações o artigo "The Next Generation PMO Mandate", de Kane Wai, apresentado em Outubro de 2014, no PMI Global Congress. Por causa disto, resolvi ler o artigo e literalmente 'copiar' trechos que achei mais interessantes para lembrar. 
Abaixo segue um resumo do artigo através dos trechos copiados.

Overview
Analogy between the PMO and a Coke, where the marketing must be done focused on the benefits it delivers to the user, not on how brilliant the product is.

"(...) the next generation PMOs should be more than just a governance institution, more than a support organization, more than a method repository, and more than a training team. It must be a marketing machine."
"Take a closer look at every Coca-Cola advertisement, promotion, or commercial, you will find that their focus is NOT the actual product itself. But rather, they are focused on the people who use their product. They focus on the value that they deliver to and for their end users! Have we been focusing so much on our PMO composition that we have forgotten about exactly why they are necessary?"
"Adoption occurs when the perceived value outweighs the cost. Inversely, rejection occurs when the cost outweighs the perceived value"

The Mandates
#1: Think Credibility
Know your customer. Know what matters to them. Make your work be relevant to them. 
You might have the best product/service ever, but if it doesn't fit your customer needs, it is pure trash

"Do I know who are my customers? How well do I know them?
  1. Do you know their strengths and their struggles?
  2. What is their tolerance for failure?
  3. What challenges are they facing?
  4. What are their “purchasing” constraints?
  5. Do they like you?"

"Evaluate what your customers care about in relation to what you can provide as a value-add. "
"You must articulate how you are going to solve their problems."
"How you will improve your weaknesses or shortfalls as an organization. "

#2: Think Brand Appeal
Engage your stakeholders in the PMO assembly, share progress and status with them. Don't make it waterfall and show only when all is 'ready'. 
Sell it internally, with focus on the value you are adding and how you'll improve the way projects area executed and delivered.

"Help your stakeholders get started. Speed is always secondary to quality. Deploying a PMO haphazardly will not only cause adoption problems, it will also damage your reputation as a team."
"If you maintain significant social interaction, gaining trust and building community, then selling your PMO and getting adoption will be considerably easier."
"You should be able to penetrate your end users and stakeholders by highlighting your value-add and how your organization will seek to improve the way projects are executed and delivered and how the PMO will help them getting it done"

Mandate #3: Be the Right Leader
There are several types of leadership. In case of an incipient PMO, choose the Servant Leadership style.
Puts the interests of those he leads before self-interest and consistently involves his team in decision-making.

"Servant leadership is critical to a PMO because it is highly dependent on knowledge, experience, and expertise at the working level of the project infrastructure"

Mandate #4: Think Strategically, Act Operationally
"Your team should be enabled to DO, not just to think." 
Best strategy thinkers don't go anywhere. They need to act. The actions, aligned with your vision, take you to the right place your strategy defined..

"You as the leader must define your expectation of success and then let loose your team and let them take your vision and turn them into actionable and realistic steps. The success of a strategy can be measured by how well you accomplish the day-to-day tasks that lead to the results that you expected"

Mandate #5: Build a Marketplace for Critical Skills
Identify the critical skills your team needs (base on your customer feedbacks) and foster them. 
Not with traditional classroom training, but with 'learning'. Learning ensures the message is received, not just delivered.

"You should also make your PMO experts available to your stakeholders and end users by identifying mentors and coaches who are available to share their knowledge. 
You must also establish a knowledge base so that when information is required, information can be readily accessible."

Summary

  • "You must know your chemistry: know your PMO and know your organization. There are telltale signs about the best approach you should take to engage the world beyond the walls of your PMO to gain adoption. 
  • You must find your happiness: know your customers and know what they expect and what will work for them. 
  • You have to make your value proposition widely known by your customers and compel them to adopt. 
  • You must maintain credibility, broaden your appeal and focus on retention of your expertise. 
  • You should create a culture of servant leadership, as your PMO ultimately is a service and support organization—delivering the backbone of hows and whys to allow your end users and project managers to achieve success. 
  • You as the PMO leader must be good at strategy and also be good at operations. 
  • And finally, you must go beyond training and share your knowledge, market your experts and your knowledge champions, and leverage the social networks within your organization to proliferate your PMO and its message."
Referência desta postagem
Wai, K. (2014). The next generation PMO mandate. Paper presented at PMI® Global Congress 2014—North America, Phoenix, AZ. Newtown Square, PA: Project Management Institute. 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Resumo sobre o 14º Congresso de Gerenciamento de Projetos do PMI-RS

Na quinta e sexta passadas (19 e 20 de Outubro) ocorreu em Porto Alegre o 14º Congresso de Gerenciamento de Projetos do PMIRS. Tive oportunidade de assistir a várias apresentações do evento. Em algumas delas, tomei notas e as compartilharei agora nesta postagem.

Por que a liderança é um dos eixos do PMI e como construí-la - Manuel Bogado

Ao meu ver, esta apresentação do Manuel Bogado foi a melhor do evento. Ele utilizou o contexto e a vida do Alexandre, o Grande, para compartilhar conceitos de liderança. E fez isto fazendo associações com temas/desenhos egípcios.
Segue alguns trechos anotados e resumidos da apresentação:

Liderança é sobre PESSOAL. Gerenciamento é sobre COISAS.
"Líder é aquele que conhece o caminho, percorre o caminho e aponta o caminho" - John C Maxwell
"O valor da vida está nas mudanças que você causou nas outras pessoas"
"A verdadeira liderança se trata de saber amar as pessoas"

Manuel então resume um pouco sobre a vida de Alexandre, o Grande, para fazer a ligação com a definição dos 4 Reinos da Liderança
Alexandre, o Grande, estudou com Aristóteles. Filho de Felipe II (maior estrategista da Grécia até então) e de Olímpia. Aos 20 anos recebeu o trono da Macedônia, após a morte do pai. Colocou em andamento projeto para provar a hegemonia grega e conquistar novos reinados. Aos 21 anos, após ter conquistado o Egito, visita o Oraculo de Siwa, do deus Ammom, para questionar se "era o filho de Zeus" e se "conquistaria o mundo". Recebe, do oráculo, os ensinamentos dos quatros reinos da liderança.

Ouroboros : símbolo egípcio da serpente engolindo o próprio rabo, que significa renovação constante do ser humano.

Reino da Hiena - Ego: Baseado no medo. Cargo de liderança que exerce o medo na equipe. Identificação com o cargo ("sabe com quem está falando?"). Não sabe quem é. Desvaloriza as pessoas. Alta rotatividade na equipe. Obtém o mínimo da equipe. 

Reino do Cachorro - Coragem: identifica valor nas outras pessoas. Abre-se e assim gera um relacionamento. Torna-se conhecido e cria confiança. Licença para liderar. Gera bom clima organizacional.

Reino do Búfalo - Inspiração: o seu trabalho é juntar as pessoas. Coloca espírito nas pessoas. É o exemplo da equipe. Gera momentum. Constrói times. Seguimos o que vemos, não o que ouvimos (exercício do "aponta o dedo para o queixo mas pede para apontar para a buchecha").

Reino do leão - Amor: Cria outros líderes. Só quando isto ocorre em uma organização, ela consegue renovar e perpetuar. Sacrificar pelos outros. Deixar o legado. Crescimento sustentável. Maior satisfação pessoal. Nelson Mandela e exemplo do respeito aos outros (chofer).

Organizações com líderes de estilo Hiena, não inspiram seus colaboradores. Deve-se buscar sempre o desenvolvimento através do ciclo Cachorro-Búfalo-Leão.

Como se tornar um líder de PMO bem sucedido - Américo Pinto

No congresso do ano passado (2016), a apresentação do Américo havia sido muito boa. Neste ano não foi diferente. 

Não existem verdades absolutas a respeito de PMOs. Compreenda as diferentes perspectivas. 

Abra a cabeça para entender outras experiências. Não há caminhos certos ou errados com relação ao PMO.

Pratique o desapego de ideias. 

Saiba onde você quer chegar como profissional de PMO. Manter o foco do PMO alinhado com o momento da empresa (i.e.: na crise, foco em custo e prazo ao invés de foco estratégico).

Tenha cuidado com Benchmarking. O contexto é diferente, então o resultado provavelmente será também. Use como inspiração, não como verdade absoluta.

Não siga simplesmente a manada. Questione e pense no que faz sentido a você naquele momento.

Entenda as necessidades reais da organização. Crie o seu PMO específico para seu negócio.

Estabeleça compromissos. O stakeholder quer o resultado/benefício, não quer saber o meio para chegar lá.

Busque o reconhecimento de que seu PMO está entregando valor. Um PMO premiado e reconhecido externamente pode ser fechado/demitido se não estiver alinhado com a organização e suas prioridades e, mais do que isto, se não dizer isto para a organização onde atua.

Detalhes sobre formação profissional da pessoa cumprindo a função de PMO:
  • Tenha visão e ação mais estratégica do negócio da empresa
  • Tenha networking e aprenda com os outros
  • Tenha atitude: faça o que tem de ser feito
  • Goste do que você faz
  • Encontre sua porta de saída: "ninguém merece ser PMO para o resto da vida"
  • As oportunidades estão por aí... saiba encontra-las e monta-las para você (Exemplo de fazer palestras gratuitas no exterior)

Mantra pessoal sobre carreira
  • Paixão
  • Preparo
  • Perspicácia para perceber
  • Persistência
  • Paciência
Os seus limites são impostos por você, não pelos outros.

O impacto do guia pmbook 6° edição no GP e mas certificações do PMI - Mauro Sotile

Acompanhar as mudanças do guia é se antecipar ao que vai acontecer.

Comunicação e networking são aspectos fundamentais do gestor de projetos.

O objetivo maior é atingir os benefícios dos projetos, mais do que entregar no prazo e dentro do custo.

As áreas de conhecimento foram estruturadas com:
  • Conceitos-chave
  • Tendência e práticas emergentes
  • Considerações de adaptação
  • Avisando para ambientes ágeis

Tipos de Estruturas Organizacionais Novas
  • Orgânica
  • Virtual
  • PMO
  • Multifuncional
  • Funcional
  • Projetada
  • Matricial
Novo artefato (Plano de Gerenciamento de Benefícios) para garantir que o projeto entregue os benefícios esperados pela empresa.

Os desafios do PMO das instituições financeiras - Dagoberto Trento (facilitador do Painel)

Neste painel, estavam responsáveis pelos PMOs do Banco Volkswagen, Caixa Econôminca, Sicredi, Banco Citi e B3 (Bovespa).
Seguem alguns tópicos capturados durante as discussões e perguntas:

Comitê específico para avaliar real dependência/impacto de demandas regulatórias nos projetos. Ter visão imparcial para poder priorizar.

O PMO nada mais é do que colocar regras para gastar o dinheiro da empresa.

Falar o idioma do Board/executivos, não o tequinequês do projeto (cronograma, prioridade, escopo, etc). Falar em investimento, retorno, npv, custo, multa por não fazer, etc.

Papel de relacionamento interno, compartilhando informação com todas as áreas.

Dificuldade em estimar benefícios previstos nos projetos. Depois, dificuldade em capturar/avaliar os benefícios realmente entregues.

Revisar os projetos finalizados e calcular os benefícios entregues por eles. Avaliar e comparar com a previsão inicial dos seus benefícios.

PMO incentivar mudanças nos projetos em execução para aumentar o benefício esperado do projeto.

PMO gerar conhecimento com base nas Informações que ele já coleta em sua operação.

A gestão de projetos no ecossistema de startups - Guilherme Souto (facilitador do Painel)

Guilherme Souto facilitou este painel com alguns responsáveis por aceleradoras e acelerados.

Tecnologia exponenciais (dobram a cada 1-2 anos)
Incerteza constante. Fluides. Aceleradora não faz gestão de portfólio. Faz coaching e compartilhamento de boas práticas. 
Foco é a equipe. Selecionam principalmente o empreendedor. Sócios com características complementares:
  • Metódico: gestao
  • Arrojado: quebrar barreiras
  • Técnico: conhece a tecnologia
Precisa ter um propósito. Auto-conhecimento do líder/empreendedor. Capacidade de inspirar a equipe.

Cada vez mais Multidisciplinar. Conectar com público interno e externo. Não precisa ser democrático. Pode ser autocrático (pela velocidade) mas precisa ouvir os outros.

Os 3 perfis do empreendedor
  • Cabeça-dura
  • Aceita tudo
  • Ouve, reflete e decide
Problema é ficar olhando para dentro, para a tecnologia, e esquecer de olhar o mercado e se conectar com a necessidade a qual está atendendo.

Aceite as falhas. Aprenda rápido e com o menor custo.

Monitoramento e controle de loops em projetos - José Finocchio Jr

Conforme o próprio Finocchio comentou, sua apresentação foi bem técnica (e não de gestão). 
O assunto trouxe conceitos novos de BlockChain para o contexto dos projetos e da forma de controlá-los.
Como o próprio Finocchio disse, na primeira vez que ouve-se esta palestra, não se entende o conceito. Apenas na segunda vez é que começa a fazer sentido.
Então abaixo algumas anotações de quem ainda não entendeu a apresentação e as ideias do Finocchio. Quando eu entender, compartilho mais detalhes :-)

Satoshi Nakamoto - escreveu o paper base para o blockchain.

Ideia do Finocchio de utilizar os recursos das tarefas do projeto como se fossem moedas, para ter controle de entrada dupla no valor.

SmartContract - escrito em linguagem de programação. Quando encontrar uma certa condução, já transfere os recursos automaticamente.

Ethereum: linguagem de programação para Smart Contracts.

O SmartContract padroniza a velocidade de execução das atividades. Takt.

DAO - empresas criam contratos para reproduzir o comportamento de processos que replicam negócios inteiros.


ICO - ativo digital de um ativo fisico

domingo, 22 de outubro de 2017

Opinião do livro "Empreendedores Inteligentes Enriquecem Mais", de Gustavo Cerbasi

Vários amigos já haviam recomendado livros do Cerbasi ("Investimentos Inteligentes" e "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos"), mas até então nunca tinha lido algum deles. Por enquanto, "Empreendedores Inteligentes Enriquecem Mais" foi o único livro que li do Gustavo Cerbasi. Escolhi este pelas recomendações do autor e por este título ser mais focado para empreendedores, visto que eu estava (pelo menos quando comprei o livro) em meu período mais empreendedor. 
Direto ao ponto quanto ao livro: gostei bastante do livro. Contudo (e sempre tem um 'contudo'), fiquei de certa forma incomodado com o livro. Isto talvez explique o fato de eu ter levado um ano para lê-lo. O autor monta toda sua argumentação tratando o empreendimento/negócio que se está desenvolvendo como sendo um investimento. Óbvio, não? Sim, claro. Super óbvio. Entretanto, todos os questionamentos e comparações que o autor faz com o negócio, faz com que o empresário (eu, no caso) comece a questionar quanto a viabilidade (e rentabilidade) da empresa. Afinal, pergunta o autor em um misto de pegadinha e provocação: "qual é o objetivo de toda empresa? Gerar Lucro? Não, gerar rentabilidade!". Agora vamos combinar que esta forma de pensar não é tão óbvia. Pelo menos não era para mim. Entenderam então o 'tom' da minha leitura deste livro, certo? À medida que o autor introduzia e explicava conceitos bem interessantes de contabilidade (Patrimônio Líquido, Ativo, Passivo, etc...) também falava sobre suas utilidades para efetuar análises de ROA, ROE, IRR, etc. E, no meu caso novamente, eram valores e indicadores que eu desconhecia (e ainda desconheço, sendo sincero) da minha própria empresa. Em resumo: a leitura do livro auxiliou a sedimentar minha decisão quanto a continuar ou não em meu negócio atual.
Agora estou folhando o livro e analisando o índice para ver qual capítulo comentar como indispensável ou qual até dizer como não muito importante. E estou com dificuldades para dizer qual pode ser 'pulado': todos vão construindo a base de conceitos que servem para, no fundo, analisar sua empresa como um investimento (lembra que isto era aquele óbvio que falamos antes).
Quanto ao ponto mais crucial (além da frase/pegadinha que já falei, diria que foi o capítulo intitulado "A arte de ler números", no qual o autor apresenta formas de avaliar um negócio/empresa olhando seus números. Para tanto, explica os principais indicadores financeiros para avaliar o quanto um negócio é interessante ou não, quanto a Rentabilidade, Liquidez e Endividamento. Mas o livro é construido para que o leitor chegue a estes indicadores tendo sido introduzido aos conceitos necessários para calculá-los e entendê-los.

Enfim, recomendo a sua leitura por 'provocar' o empresário, dono já de um negócio, a ter conhecimento dos indicadores do seu negócio. Quando eu decidir retornar a vida de empreendedor, com certeza seguirei as dicas e buscarei respostas para os questionamentos provocadores que Cerbasi faz nesta obra quanto a viabilidade dos empreendimentos (mas desta vez, antes de empreender, é claro).

domingo, 15 de outubro de 2017

Livro "Winning", de Jack Welch

Jack Welch é uma referência em gestão, com seu estilo honesto e direto, sempre mantendo o foco nas pessoas, trabalho em equipe e lucros. Em seu livro Winning, compartilha parte de suas crenças e técnicas de gestão que utilizou na GE (General Eletrics). Compartilharei a seguir alguns trechos interessantes do livro.

Na hora de contratar, teste as pessoas para saber se:
  • Elas tem integridade - Honrando sua palavras e dizendo a verdade;
  • Elas são inteligentes - E possuem curiosidade e amplitude de conhecimento para trabalhar com outras pessoas inteligentes;
  • Elas são maduras - E por isso capazes de lidar com stress e contratempos, respeitando as emoções dos outros, são auto confiantes e tem um senso de humor.
"Siga seus sonhos, a vida é muito curta para viver os sonhos de outra pessoa."

"Se você está buscando uma nova oportunidade, nunca peça demissão na anterior. A maioria das empresas prefere contratar alguém que está trabalhando atualmente. E se você tem um emprego, seja bom nele. Nada vai ter dar um novo emprego mais rápido do que ser fantástico em seu emprego atual."

"Jack Welch criou a regra do 20-70-10, para classificar seus funcionários em níveis de performance anualmente. Os 20% melhores merecem elogios, reconhecimento, treinamento e, é claro, maiores salários e comissões. Os 10% piores precisam ser liberados para seguirem para outras empresas. É difícil aceitar isso num primeiro momento, mas esta é a melhor decisão para todos e eles vão encontrar funções mais adequadas aos seus talentos em outras empresas no futuro."


"O modelo tradicional de orçamentos anuais leva à celebração de resultados que não mereceriam celebrações, como por exemplo quando a meta é batida mas os concorrentes da empresa vão ainda melhor. Outro cenário seria, por exemplo,quando um departamento vai mal, mas deveria ter um desconto com relação a sua performance se todos os outros competidores foram muito piores do que ele"

domingo, 8 de outubro de 2017

Sem Limites - Netshoes

Neste livro conta-se a história da fundação da NetShoes, criada pelos primos Marcio Kumruian e Hagop Chabab em 1999. A empresa iniciou com  uma loja física em São Paulo, com um investimento de R$50.000. Teve inicialmente sua expansão para uma segunda loja física, a qual não acabou não vingando. Mas foi em 2002, com o início das operações pela internet (usando o Mercado Livre como canal) que a empresa começou a alterar sua história. Os primos tiveram a sensibilidade e o tino de negócio para apostar no crescimento do canal de vendas via internet. Mas não focando apenas em preço: focando em serviço de qualidade. Ofereciam entrega em 48 horas nas compras pela internet, entre outras coisas.
E no período entre 2006 e 2010, dobravam o faturamento ano após ano. Nos anos seguintes ainda tiveram crescimento elevado, mas não no mesmo patamar que no período anterior.
Acredito que dois pontos merecem destaque nesta trajetória dos empreendedores: 
  • Busca por novas oportunidades de negócio ainda não exploradas: NetFit (mostruários em academias), Internet!
  • Inconformidade em oferecer um melhor serviço aos clientes (refletido nas várias versões do eCommerce, nos prazos de entrega, etc.
E também davam muita atenção para o setor Comercial, coração da empresa. Hagop liderava esta área e dizia que toda venda iniciava-se pela compra. Ficou conhecido no mercado por conseguir fazer grandes marcas, como Nike, Adidas, etc aceitarem seus termos de negociação (decorrência do tamanho e expressividade que as compras da NetShoes tinham para estas grandes marcas).

domingo, 1 de outubro de 2017

A Triade do Tempo

No livro 'A Triade do Tempo', o autor Cristian Barbosa, define 3 tipos de tempos: Urgente, Circunstancial e Importante.

Segundo ele, perdemos muito tempo com urgências e itens circunstanciais (que na prática são ações/tarefas/atividades não importantes) e dedicamos pouco tempo para itens realmente importantes. Com isto ficamos frustrados e estressados, por termos impressão de não estarmos focando no que é importante para nós. Para evitar isto, ele sugere o seguinte ciclo de ações sequencial para focar no que é importante. 

São estas as etapas:
  1. Identificar: identificar o que é IMPORTANTE para você em qualquer um dos quatro corpos que possuimos (Físico, Emocional, Espiritual e Mental)
  2. Definir Metas: ter clareza em onde quer chegar em relação a cada um destes corpos. Pensar em Curto prazo (1 ano), médio (de 1 a 5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos). Pense em você no final da vida refletindo no que realmente gostaria de ter gastado tempo e ter feito.
  3. Planejar: Determine como fará para alcançar estas metas que foram definidas. 
  4. Organizar: Priorize as atividades importantes, mas deixe tempo reservado para as Urgentes e Circunstanciais (pois elas aparecerão). Ideal é planejar a semana antes de iniciar (ainda no domingo).
  5. Executar: é o momento onde tudo acontece. Com base na organização e planejamento feitos, execute o que tem de ser feito. Mantenha o foco em fazer o mais importante primeiro e não fique 'pulando' de tarefa em tarefa, começando pelas mais fáceis, apenas para sentir-se 'completando' algo.
E será que isto realmente funciona? Vou tentar seguir e comento em uma próxima postagem.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Participação no evento Zoom, da CDL POA, com o tema Transformação Digital para o Varejo

Nesta quinta-feira, dia 28/09, participamos do evento Zoom da Câmara dos Logistas de Porto Alegre, chamado Transformação Digital para o Varejo. E para falar de transformação digital, havia palestrantes de empresas como IBM, TOTVS, BOBs e Oasis Lab/PwC. E o auditório do evento estava lotado, com participantes vindos de diversas cidades do Estado, conforme anunciou a organização do evento.

Quanto às apresentações, confesso que não achei todas elas boas. Minha grande expectativa estava na palestra da IBM, do Ênio Garbin. Contudo, esta palestra acabou sendo muito decepcionante. Seu conteúdo pareceu muito vago e sem uma linha clara de racioncínio. Para quem tem um Watson por trás, IBM poderia ter melhor aproveitado seu espaço.

Já a apresentação do Jorge Inafuko, da Oasis Lab, sobre "Transformação digital para pequenas e médias empresas", foi a grande surpresa e a melhor de todas, na minha opinião. 

Por fim as apresentações de Bruno Primaria, da TOTVS e de Ricardo Bonemy, do BOBs foram muito focadas em suas próprias empresas, e não em tecnologia ou inovação. A da TOTVS até foi um pouco menos, trazendo algunas ideias interessantes para o Varejo, as quais estão sendo testadas no OmniStory, loja conceito de tecnologias do varejo do Shopping Villa Lobos em São Paulo. Mas a da BOBs foi muito, mas muito focada no BOBs e na realidade do BOBs. Esta é a opinião de alguém que gosta de tecnologia e esperava ouvir sobre Transformação Digital e práticas ou ideias. Agora, olhando por um viés de Varejista, talvez a apresentação do BOBs tenha sido a de cunho mais prático e que deu algo mais concreto para os ouvintes na plateia levarem e implantarem em seus próprios negócios.

Abaixo minhas anotações tomadas durante o evento, sem maiores elaborações.

"Transformação digital para pequenas e médias empresas"
Jorge Inafuko - Oasis Lab

Pesquisa apresentada sobre os maiores motivos de preocupação de CEOs
  • 86% com mudança em função da geração milenials.
  • 77% com as novas tecnologias

Prioridades para os negócios
  • Inovação
  • Foco em cliente
  • Tecnologia

Material da PWC - digitalização como vantagem competitiva - indústria 4.0

HBR - 7 Questões antes de implantar Transformação Digital
  • 66% a 84% da empresas erram ao implantar transformação digital

Loja 4.0 - Guia da Oasis Lab

"Reinvenção digital no varejo cognitivo"
Ênio Garbin - IBM

O que é importante para a Gen Z
  1. Frictionless
  2. Seus termos: fundamentos importam

Instant retail (EUA): tramitando discussão sobre lojas de varejo serem 'móveis', podendo ser abertas em qualquer lugar.

Não existe canal, existe cliente.

"As pessoas se transformaram e interagem diferente. Você entende o seu público?"
Bruno Primária - Totvs

Digital Vortex - estudo da Cisco

Segmentos mais impactados pela Transformação Digital
  • Tecnologia
  • Varejo

Experiências
  • Click and collect: conveniência e agilidade.
  • Conteúdo inteligente: displays que mostram informações por reconhecimento demográfico de quem está próximo da gôndola. Permite fechar a compra direto no possível onde está aparecendo a informação.
  • Vitrine digital: gôndola infinita. Permite vender produtos direto da internet.
  • Oferta dirigida: perfil de consumidor indica uma oferta exclusiva para um cliente identificado...
  • Pick and Go

Omnistory - experiência de varejo em loja conceito no Shopping Vila Lobos

Nova oferta Bobs
Ricardo bonemy - Bobs

Tendências no setor alimentar
  • Personalização e liberdade
  • Conveniencia
  • Comida de verdade
  • Revolução tecnológica

Painel com os participantes
Ricardo bonemy (Bobs); Bruno Primária (Totvs); Ênio Garbin (IBM); Jorge Inafuko (Oasis Lab)
Dicas práticas para implementar Transformação Digital

  • Aplicativos de delivery
  • Cadastro do seu consumidor e seu histórico
  • Conheça o seu consumidor
  • Comece rápido, teste a ideia e mude

domingo, 24 de setembro de 2017

A Única Coisa

No livro 'A única coisa', os autores Gary Keller e Jay Papasan refletem e questionam algumas ideias tomadas como 'verdades absolutas' atualmente, como por exemplo o mito da produtividade com o modo multitarefa. Eles desconstroem através de exemplos o mito de que o modo multitarefa é mais produtivo. Abaixo algumas explicações para a multitarefa não ser produtiva:

  1. Quando alguém nos interrompe em nosso fluxo de trabalho, voltar à velocidade de antes leva muito tempo. Há perdas por troca de contexto.
  2. Quando realizamos mais de uma tarefa, sempre levaremos mais tempo para terminarmos (pois tem o tempo da troca de contexto).
  3. Talvez a falha mais importante das multitarefas seja o aumento das chances de cometermos erros, já que quando realizamos mais de uma tarefa de uma vez, parte da nossa atenção está já pensando na outra tarefa que estamos executando junto, e não na tarefa atual.
  4. É um fato conhecido que realizar multitarefas aumenta o nível de estresse. Quando o nível de estresse de uma pessoa está muito alto, sua eficiência é reduzida.

Em detrimento do conceito de ser multitarefa, o livro defende a idea de que temos de ter 'uma única coisa', e nela canalizarmos toda a nossa energia, através de disciplina e hábitos para atingir. Isto quer dizer que ao invés de termos vários objetivos de carreira, temos de ter um único. Ao invés de termos vários objetivos na vida pessoal, temos de ter um único. E que buscando este único, os objetivos secundários acabarão se realizando. Dizer isto é fácil e até faz sentido. Contudo, a grande dificuldade acredito que esteja na definição de qual é este único objetivo, esta única coisa. E, neste processo, conseguir eliminar todas as demais distrações que consomem nossa energia e nos afastam deste objetivo.

Por fim, os autores ainda salientam alguns pontos para auxiliar na concentração em uma única coisa. Por exemplo: comentam sobre a importância de ter uma vida equilibrada, balanceando vida profissional e pessoal, atentando para uma boa alimentação e prática de exercícios para uma boa saúde. Objetivo por trás é estar bem para ter energia e focar na sua 'única coisa'. 

domingo, 17 de setembro de 2017

A disciplina de perseguir menos

O autor da postagem 'The discipline of pursuit less' publicada no HBR (Harvard Business Review), Greg McKeown, pontuou que 'o sucesso é um catalisador do fracaso', defendendo a idéia de que pessoas (e organizações) que obtiveram determinado sucesso em sua carreira/ramo, normalmente passam pelas seguintes etapas, as quais acabam levando-as ao fracasso.

Fase 1: quando há clareza sobre seu propósito, isto leva ao sucesso.
Fase 2: quando atinge-se o sucesso, mais opções e oportunidades são abertas.
Fase 3: quando aumentam-se as opções e oportunidades, isto gera esforços difusos.
Fase 4: esforços difusos acaba corrompendo a clareza que nos levou ao sucesso inicial.

E ao passar por estas etapas, acabam perdendo o sucesso obtido inicialmente. Para tentar evitar que isto ocorra, o autor sugere algumas ações e questionamentos que devem ser feitos para manter-se no caminho do sucesso. São eles:

Usar critérios mais rígidos: ao invés de buscar 'uma boa oportunidade', sugere-se alterar a busca para 'algo que sou profundamente apaixonado' para fazer. Isto muda com certeza a quantidade de opções disponíveis (pois provavelmente há muito menos opções de carreira em que sou 'profundamente apaixonado' ao comparar com 'boas oportunidades'). Ter este discernimento ao considerar as opções já ajuda no filtro inconsciente que faremos.

Questionar 'o que é essencial' e eliminar o restante: muitas vezes mantemos várias atividades e hobbies porque um dia elas fora importantes e fizeram sentido em nossas vidas. Mas atualmente podem não mais fazer sentido. Precisamos de coragem para remover tais opções e atividades 'inúteis' de nossas vidas.

Ter consciência do efeito Endownment: saber que muitas vezes damos mais valor a determinada coisa apenas porque a possuimos. Isto se aplica tanto a objetos quanto também a oportunidades. Temos maior dificuldade de 'abrir mão' de algo que já estamos fazendo.


Com estas três ações, Greg McKeown sugere que consigamos vencer a 'busca indisciplinada por mais' e atinjamos a 'disciplina de perseguir menos'. E o caminho para chegar lá não é facil, exigindo muita coragem para tomar as decisões corretas.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A idade é algo que está na nossa cabeça

Dizem que idade é algo que está na nossa cabeça. Normalmente quem fala isso é quem já é mais velho e usa esta frase para argumentar que se consideram mais jovens do que a idade que tem. Nunca fui contrário a esta frase, mas confesso que acredito cada vez mais nisto.

Por que toda esta explicação? Porque minha irmãzinha acaba de completar 25 anos de idade. E, como irmão mais velho, que, como qualquer outro observador externo que olha de fora para ela, diria que a idade 'da cabeça' dela gira ali em torno dos 18 ou 19 anos. Hehehehe. Caso algum dia tu leias o blog, Rob, é brincadeirinha, viu? (no fundo acho que pode ser bem menos até... mas não vou dizer isto em público).



Mas para compartilhar este momento divertido, tiramos algumas fotos bem legais da comemoração que fizemos lá em Viamão, na casa dela e dos meus pais. Teve banho de piscina, brincadeira de esconde-esconde no pátio, comilanças caseiras e comilanças compradas na Padoca da vila. Destaque, é claro, foi para a cheesecake de chocolate, feita por mim, e pelo bolo sem glúten, sem lactose e quase sem gosto feito pela aniversariante.

 Galeria de Fotos


Quase esqueci: não poderia faltar também balões enfeitando a 'festa! Hoje em dia, não se celebra mais aniversário sem velinha de parabéns ou balões pela casa toda. E o pior é que este hábito não foi criado após o nascimento da nossa filha: inventamos isto já há anos e acabou ficando como tradição da família.

Balões 1


Balões 2

Com esta história de exigir velinhas nos bolos de aniversário e balões de decoração para cantar parabéns e também a frase "a idade é algo que está na nossa cabeça", então eu pergunto: qual a sua idade?


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Será que agora vai?

Pois chegou 2017... Sim, sei que isto não é uma novidade mais para ninguém. E, mais do que isto, já se passaram 3 semanas deste novo ano... Aliás, já se passou quase um mês! Que horror! Ok, mas não era essa a questão. Era um suporte para a questão, mas não era A QUESTÃO.

A QUESTÃO, se ainda lembro, era o seguinte: Pois chegou 2017... e revisando nosso super blog de irmãos, o qual foi criado no auge do entusiasmo das resoluções de 2016 com o objetivo de fomentar a união dos irmãos Robert e servir para ambos se motivarem a fazer algo juntos, conclui-se que ele foi um fracasso! Fracasso talvez seja algo um pouco dramático demais, mas está muuuuito longe de ter atingido seu objetivo. Durante todo o ano de 2016, teve menos de 10 postagens. Ou seja, menos do que uma postagem por mês. Lembro que cada irmão faria uma postagem por semana... pois ficamos longe das 52 postagens das 52 semanas do ano.

Certo, mas não nos repreenda mentalmente, caro leitor, por não termos atingido e cumprido com uma de nossas resoluções de 2016. Por acaso você (sim, você mesmo!), nos responda: cumpriste todas as suas resoluções de 2016? Não? Ah não? Então estás fazendo o quê aqui, lendo esta postagem e repreendendo os outros? Trate de repensar sua vida e priorizar melhor seu tempo! Depois vai terminar o ano de 2017 e vai ficar dizendo: “Bah, não consegui fazer nenhuma das minhas resoluções de 2017 porque fiquei lendo uns blogs aí... na verdade é um blog que tinha tudo para ser tri massa... mas que não tem quase postagens porque os autores não se puxam... “. Nem vem! Pára agora de ler este blog (eu disse AGORA!!!) e trate de pesquisar qual academia tu vais te matricular para começar aquela tão aguardada dieta (todo mundo sempre coloca 'dieta' nas resoluções... não adianta fingir).

Está bem, mas e nós aqui do blog, fazemos o quê? Apagamos o blog? Desistimos desta palhaçada toda? Isso?

Olha... acho que não é para tanto. Sugiro darmos uma nova chance para o blog... Mas agora ajustando um pouco melhor as expectativas. Leia-se “nossas expectativas”, não as suas, caro leitor. Na verdade, leia-se as “minhas expectativas”, não as suas, caro leitor, e nem as suas, cara irmã. E quais são elas? Pois agora a meta será de fazer uma postagem por mês. E ajustarei minhas expectativas para tal meta. E removerei minhas expectativas quanto a postagens da minha querida irmã, pois acho que a esta altura ela nem mais lembra que temos um blog juntos... hehehe.

Direto ao ponto:
Para você que se aborreceu lendo os parágrafos acima e/ou está quase desistindo de ler esta postagem e/ou não quis pesquisar sobre qual academia se matricular (viu como eu sei que tu não foste pesquisar?), fica aqui o resumo de toda a enrolação acima: em 2017, teremos pelo menos uma postagem por mês, escrita por um dos autores do blog. Então fica a pergunta: será que agora vai?